Milhões de brasileiros ainda possuem valores esquecidos em instituições financeiras, segundo o Banco Central. Ao todo, mais de R$ 10,4 bilhões estão disponíveis para resgate em 2025. Não importa se o valor é pequeno ou mais expressivo: a consulta é simples, gratuita e pode ser feita online, de forma segura. Entenda como esses recursos ficam “parados”, o funcionamento do sistema, e confira o passo a passo para não deixar dinheiro esquecido para trás.
Por que existem valores esquecidos nos bancos?
Os chamados “valores esquecidos” são quantias que permanecem retidas em bancos, administradoras de consórcios, cooperativas de crédito e demais instituições financeiras. Muitas vezes, eles vêm de contas correntes ou poupanças encerradas, tarifas cobradas indevidamente, cotas de cooperativas, recursos de consórcios encerrados ou mesmo saldos residuais em contas de pagamento.
De acordo com o Banco Central, até agosto de 2025, mais de 53 milhões de pessoas e empresas tinham valores esquecidos, sendo R$ 8,08 bilhões pertencentes a pessoas físicas e R$ 2,37 bilhões ligados a empresas.
Como funciona o sistema de valores esquecidos em 2025?
O Sistema de Valores a Receber (SVR), gerenciado pelo Banco Central, foi criado para facilitar a consulta e o resgate desses valores esquecidos. Desde fevereiro de 2022, o sistema já devolveu R$ 11,74 bilhões, beneficiando milhões de correntistas e empresas.
O processo é feito somente online, por meio da página oficial do Valores a Receber. O cidadão deve ter conta nível prata ou ouro no Portal Gov.br, além de ativar a verificação em duas etapas para garantir ainda mais segurança no acesso.
Distribuição dos valores por instituição financeira
- Bancos: R$ 5,9 bilhões
- Administradoras de consórcio: R$ 3,1 bilhões
- Cooperativas de crédito: R$ 864 milhões
- Instituições de pagamento e financeiras: valores menores, porém presentes
Passo a passo para consultar valores a receber
O procedimento de consulta é rápido e pode ser feito pelo computador ou celular. Veja como verificar se há dinheiro esquecido em seu nome:
- Acesse o site oficial do Sistema de Valores a Receber.
- Informe o número do CPF ou CNPJ.
- Em seguida, entre com sua conta Gov.br nível prata ou ouro (caso ainda não possua, siga as instruções no próprio portal para criar e validar sua identidade).
- Acesse a área de consulta e veja se existem valores esquecidos em seu nome.
- Se houver saldo disponível, siga as instruções para solicitar o resgate.
Para quem tem a chave Pix cadastrada, a devolução ocorre de forma automática e ágil, normalmente em até 12 dias úteis. Já quem não possui Pix precisa combinar a forma de recebimento diretamente com a instituição financeira, conforme orientações exibidas no próprio site.
Documentos necessários para resgatar dinheiro esquecido
Os documentos exigidos para resgatar os valores esquecidos variam conforme o tipo do titular (pessoa física ou jurídica), mas normalmente incluem:
- Pessoa física: RG ou CNH, número do CPF e, em alguns casos, comprovante de endereço atualizado.
- Pessoa jurídica: CNPJ, contrato social, RG ou CNH do representante legal, e eventuais documentos adicionais que comprovem o vínculo com a empresa.
Sistema valores esquecidos: resgate gratuito e proteção contra golpes
O Banco Central reforça que todo o processo é gratuito. Evite propostas de terceiros para “ajudar” no resgate dinheiro bancos, pois essas ofertas na maioria das vezes são golpes. Não compartilhe senhas e nunca clique em links enviados por e-mail, aplicativo de mensagem ou redes sociais. Os contatos do Banco Central nunca solicitam dados pessoais fora do ambiente seguro do sistema oficial e apenas a instituição financeira envolvida pode entrar em contato para finalizar o pagamento.
Pequenos valores: a realidade da maioria dos beneficiários
De acordo com o Banco Central, a maior parte dos brasileiros tem direito a quantias baixas. Estima-se que 64% dos correntistas possuem até R$ 10 para receber. Apenas 1,8% dos casos ultrapassam R$ 1.000. Mesmo assim, é relevante consultar regularmente e resgatar aquilo que é seu por direito. Pequenas quantias, somadas, fazem diferença no orçamento.
O que acontece com os valores não resgatados?
Apesar de discussões no Congresso sobre a possibilidade de arrecadação desses recursos pelo Tesouro Nacional, o Ministério da Fazenda informou que não há iniciativas efetivas para recolhimento dos valores esquecidos neste momento. O sistema mantém os valores à disposição dos titulares, sem prazo para retirada.
Mesmo pequenos valores esquecidos representam uma renda extra inesperada, ajudando no orçamento e evitando perdas futuras. Já pensou se aquele saldo de anos atrás faz diferença agora? Não deixe para depois: acesse o portal e confira as novidades no Assistencialismo Notícias. Está com dúvidas ou encontrou dificuldade? Procure atendimento nos canais oficiais e mantenha suas informações seguras ao realizar o resgate!
Perguntas frequentes
- Posso consultar valores esquecidos apenas com CPF? Sim, a consulta pode ser feita informando apenas o CPF no site oficial, mas para o resgate é preciso acessar sua conta Gov.br.
- Existe prazo para resgatar os valores a receber? Não há prazo. Os valores permanecem disponíveis até que o titular solicite a devolução.
- Posso indicar outra pessoa para receber o valor? Apenas representantes legais ou herdeiros (com documentação) podem solicitar em nome de terceiros.
- É seguro informar meus dados no sistema? Sim, se feito apenas no site oficial do Banco Central.
- Receberei os valores esquecidos via boleto? Não. O pagamento é realizado preferencialmente via Pix, mas pode ser combinado de outras formas com a instituição financeira.
- Todos os bancos participam do sistema? Sim, todas as instituições autorizadas pelo Banco Central são obrigadas a participar.
- Preciso pagar alguma tarifa para resgatar meus valores? Não. Todo o serviço de consulta e resgate é gratuito.
- Posso consultar valores de CNPJ inativo? Sim, desde que possua os dados e acesso ao Gov.br como representante legal.
- É possível consultar valores de falecidos? Sim, herdeiros legais podem consultar e resgatar, mediante apresentação de documentos.
- Como saber a origem do valor esquecido? Ao consultar, o sistema informa a instituição e o tipo de origem do crédito (conta, consórcio, cooperativa etc).