Você já pensou em tirar a CNH, mas desistiu ao se deparar com valores altos e etapas burocráticas? O Ministério dos Transportes anunciou em outubro de 2025 uma proposta instigante, capaz de transformar o acesso à Carteira Nacional de Habilitação no Brasil.
Se a ideia for aprovada, os brasileiros poderão pagar menos da metade do preço atual para conseguir dirigir de forma regular.
Entenda o que está mudando, quanto pode economizar e como será possível conquistar esse documento com mais facilidade.
Por que o governo quer mudar o processo da CNH?
O principal objetivo da medida é democratizar o acesso à habilitação, especialmente para pessoas de baixa renda e mulheres, que ainda representam uma parcela minoritária entre os condutores habilitados. Segundo estimativas do próprio governo, mais de 18 milhões de brasileiros dirigem sem CNH, principalmente devido ao alto custo para regularizar a situação.
O modelo tradicional exige que todo candidato frequente uma autoescola, onde cada etapa soma valores que, no final, atingem em média R$ 3.200.
Principais mudanças propostas para a CNH
Liberdade para escolher instrutores e formatos de estudo
A obrigatoriedade das aulas em autoescolas será substituída por alternativas mais flexíveis. O candidato poderá se preparar com instrutores autônomos credenciados pelos Detrans e até realizar o estudo teórico de modo presencial, EAD ou digital, conforme sua preferência.
Fim da carga horária mínima
De acordo com o projeto, deixa de existir a exigência de ao menos 20 horas de aulas práticas. Agora, o candidato decide quantas aulas práticas deseja pagar e agendar, respeitando apenas o requisito de aprovação nos exames teórico e prático.
Como ficará o processo para tirar a CNH?
Abertura e acompanhamento digital do processo
Com a aprovação das novas regras, todo o processo poderá ser iniciado diretamente pelo site da Senatran ou pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). Isso reduz deslocamentos e elimina etapas desnecessárias.
Estudo e preparação personalizados
Os candidatos poderão escolher se preferem aulas presenciais em centros de formação, ensino a distância em empresas credenciadas ou direto por plataformas digitais recomendadas pela Senatran. O mesmo formato será aplicado gradualmente às categorias C, D e E.
Instrutores autônomos credenciados
Uma das grandes novidades é a liberação do credenciamento de instrutores independentes. Esses profissionais serão treinados por cursos digitais e aprovados pela Senatran, garantindo padrão e qualidade na formação dos novos condutores.
Quanto vai custar tirar a CNH a partir de agora?
O governo estima que, com todas as mudanças implementadas, o valor médio para a obtenção da CNH poderá cair 80%. Ou seja, de R$ 3.200 para valores entre R$ 750 e R$ 1.000. A economia se tornará realidade com a eliminação da obrigatoriedade de aulas pagas em autoescolas e a variedade de canais de ensino disponíveis.
Esse novo formato já existe em países como Estados Unidos, Inglaterra, Canadá e Japão.
Quais etapas continuam obrigatórias?
Apesar da flexibilização, continuam indispensáveis tanto a prova teórica quanto a avaliação prática. Ou seja, cada candidato deverá comprovar que está apto a conduzir com segurança nas ruas, seja qual for o caminho escolhido para se preparar.
Além disso, toda formação será registrada digitalmente e auditada pela Senatran, preservando o controle do processo e a qualidade das habilitações emitidas.
O que muda para categorias C, D e E?
Inicialmente, a modernização vale apenas para motos (categoria A) e carros de passeio (categoria B). No entanto, está no plano do governo ampliar a flexibilização para as demais categorias, tornando o acesso a licenças de caminhoneiros, motoristas de ônibus e condutores de veículos pesados mais simples e rápido.
Impactos esperados no mercado e para o cidadão
Entidades que representam autoescolas manifestaram preocupação com o potencial fechamento de milhares de centros de formação e possível perda de cerca de 300 mil empregos. Por outro lado, o governo argumenta que a medida vai reduzir a condução irregular e promover mais segurança nas ruas.
Com a modernização, estima-se que a formação de condutores se torne mais ágil e menos onerosa, expandindo o alcance da CNH para grande parte dos 161 milhões de brasileiros aptos a dirigir, mas que ainda não possuem o documento.
Perguntas frequentes
- Os CFCs vão deixar de funcionar?
Não, mas seu papel será reduzido. Eles continuarão oferecendo cursos presenciais e EAD. - A redução do custo vale para todo o Brasil?
Sim, a proposta é nacional, mas implantação pode variar conforme cronograma de cada estado.
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