Imagine terminar a faculdade com o sonho de uma carreira promissora, mas carregar o peso de uma dívida do FIES que parece impossível de pagar. Essa é a realidade de muitos brasileiros que enfrentam dificuldades financeiras após a graduação.
A boa notícia? O Ministério da Educação (MEC) anunciou novas regras para a renegociação de dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) em 2025, trazendo alívio para quem está inadimplente.
Com a possibilidade de parcelar o saldo em até 180 vezes e desconto total em juros e multas, surge a dúvida: as dívidas do FIES podem ser perdoadas? Este texto explica tudo sobre as novas condições, quem pode se beneficiar e como agir.
Já pensou em regularizar sua situação e retomar o controle financeiro?
O que é o FIES e por que a inadimplência é tão comum?
O FIES, criado em 2001, financia graduações em instituições privadas para estudantes de baixa renda. O pagamento começa após a formatura, ajustado à situação financeira do beneficiário. Apesar disso, a inadimplência é alta: cerca de 50% dos contratos até 2017 estão atrasados, segundo dados do MEC.
Fatores como desemprego, baixos salários e falta de planejamento financeiro contribuem para isso. A nova renegociação busca reduzir esse impacto.
Por que as dívidas do FIES acumulam?
- Juros e multas: Atrasos geram encargos que aumentam a dívida.
- Coparticipação: Durante o curso, estudantes pagam parte da mensalidade, o que pode gerar débitos com a universidade.
- Falta de informação: Muitos não sabem como renegociar ou planejar o pagamento.
Quem pode ter a dívida do FIES perdoada?
A palavra “perdão” pode gerar confusão. Não há anistia total da dívida, mas as novas regras oferecem condições que facilitam a quitação. Estudantes com contratos a partir de 2018 e inadimplentes há mais de 90 dias até 31 de julho de 2025 podem renegociar.
O desconto de 100% em juros e multas é um alívio significativo. Contratos cobertos pelo Fundo Garantidor do FIES (FG-FIES) também são elegíveis, desde que sigam as normas do fundo.
Quem não se qualifica?
- Contratos anteriores a 2018 seguem regras diferentes, como o programa Desenrola FIES, com adesão até 31 de dezembro de 2024.
- Estudantes adimplentes ou com atrasos inferiores a 90 dias não participam dessa renegociação.
Como funciona a nova renegociação do FIES?
A renegociação permite parcelar o saldo devedor em até 180 meses, com parcelas mínimas de R$ 200. O processo ocorre entre 1º de novembro de 2025 e 31 de dezembro de 2026, diretamente com o agente financeiro (geralmente Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil).
A formalização exige um termo aditivo, com concordância do estudante e, se necessário, dos fiadores. Atenção: descumprir o acordo pode negativar o nome do estudante e fiadores.
O que não está incluso?
- Coparticipação com universidades.
- Tarifas bancárias e seguros prestamistas, que devem ser negociados separadamente.
Quais dívidas podem ser perdoadas?
O “perdão” se refere aos encargos moratórios (juros e multas), que têm desconto de 100%. O saldo principal do financiamento, porém, deve ser pago integralmente ou parcelado.
Por exemplo, se a dívida é de R$ 20 mil, sendo R$ 5 mil de juros, o estudante paga apenas os R$ 15 mil do principal, divididos em até 180 vezes.
Passo a passo para solicitar a renegociação
- Verifique a inadimplência: Confirme se o atraso é superior a 90 dias até 31/07/2025.
- Contate o agente financeiro: Acesse os canais da Caixa ou Banco do Brasil (aplicativo, WhatsApp ou agência).
- Reúna documentos: Veja a lista abaixo.
- Simule a renegociação: Analise as condições e o valor das parcelas.
- Assine o termo aditivo: Concorde com os termos, junto com fiadores, se aplicável.
- Pague a primeira parcela: O pagamento inicial confirma a adesão.
Quais documentos são necessários para renegociar?
- RG e CPF do estudante e fiadores.
- Comprovante de residência atualizado.
- Contrato original do FIES.
- Comprovante de inadimplência (fornecido pelo banco).
- Declaração de renda, se solicitada.
Consequências de não renegociar
Ignorar a dívida pode trazer problemas sérios. Além da negativação no SPC/Serasa, a dívida cresce com juros e dificulta acesso a crédito. Para fiadores, o impacto é semelhante.
A suspensão do FG-FIES até 2026 também limita garantias para novos atrasos. Renegociar é uma chance de evitar essas dores de cabeça e planejar o futuro.
Onde buscar mais informações sobre o FIES?
- Site oficial do MEC: Acesse www.mec.gov.br para atualizações.
- Fale Conosco do FNDE: Ligue para 0800 616161.
- Canais dos bancos: Caixa (WhatsApp 0800 104 0 104) e Banco do Brasil (aplicativo ou agências).
- Portal Único de Acesso ao Ensino Superior: Confira resultados e editais.
Dúvidas frequentes sobre a renegociação do FIES
- As dívidas do FIES podem ser totalmente perdoadas?
Não, apenas juros e multas têm desconto de 100%. O saldo principal deve ser pago. - Qual o prazo para renegociar?
De 1º de novembro de 2025 a 31 de dezembro de 2026. - Estudantes com contratos antes de 2018 podem participar?
Não, mas o Desenrola FIES oferece condições para esses casos até 31/12/2024. - O que acontece se não pagar as parcelas renegociadas?
O nome do estudante e fiadores pode ser negativado. - É possível renegociar sem fiador?
Depende do contrato original. Consulte o agente financeiro.
As novas regras de renegociação do FIES são uma oportunidade para milhares de brasileiros regularizarem suas finanças e seguirem em frente. Com parcelas acessíveis e desconto em juros, o programa mostra um esforço para apoiar quem enfrenta dificuldades.
Dados do MEC indicam que 351 mil contratos já foram renegociados até 2024, recuperando R$ 677 milhões. Antes de decidir, é bom planejar: as parcelas cabem no orçamento? Como evitar novos atrasos?
Vale a pena conversar com o banco e simular as condições. E você, já pensou no impacto de quitar essa dívida na sua vida?
Para mais informações, acesse o site ASSISTENCIALISMO NOTÍCIAS.