Nos últimos dias, vídeos compartilhados nas redes sociais alegam que haverá um novo imposto sobre transações via Pix a partir de 2026, além de multas automáticas para quem movimentar mais de R$ 5 mil por mês. Mas será mesmo que essa informação é verdadeira? Saiba o que é mito e o que é fato para proteger seu bolso e suas decisões financeiras.
O que diz o boato sobre o Pix em 2026?
O vídeo viral que circula na internet faz graves alegações: segundo o conteúdo, o Governo Federal teria criado uma cobrança de imposto de 27,5% sobre qualquer transferência feita via Pix a partir de janeiro de 2026. O mesmo vídeo alerta que haveria multas automáticas para quem ultrapassar o limite mensal de R$ 5 mil, tudo supostamente automático, fiscalizado em tempo real.
Essas informações são apresentadas usando narração por inteligência artificial e trechos reciclados de outras fake news. Mas essa história não encontra fundamento em nenhum documento oficial, projeto de lei ou comunicado de órgãos sérios.
O que dizem o Banco Central e a Receita Federal sobre a cobrança Pix?
Em respostas recentes à imprensa, tanto o Banco Central quanto a Receita Federal reforçam: não existe cobrança de imposto sobre Pix, tampouco qualquer taxa extra prevista para 2026. As instituições esclarecem que o Pix é gratuito para pessoas físicas, conforme detalhado na Resolução n.º 19/2020 do Banco Central.
Qualquer alteração nessa gratuidade exigiria mudança de lei aprovada pelo Congresso Nacional. Até o momento, não há tramitação de projetos nessa direção.
Nova regra do Pix: o que mudou de verdade?
Parte da confusão recente tem origem numa regra temporária estabelecida em janeiro de 2025, em que Banco Central e Receita Federal firmaram um acordo de compartilhamento de dados para empresas, com objetivo de combates fraudes e lavagem de dinheiro. Não se tratava de imposto novo, e a exigência foi revogada poucas semanas depois devido a interpretações erradas e críticas sobre privacidade.
Atualmente, as novidades sobre o Pix para os próximos anos estão voltadas à segurança das transações, com novos limites automáticos e etapas adicionais de autenticação. Não há relação com cobrança de impostos ou mudanças no valor das operações de pessoas físicas.

Como identificar fake news sobre novas taxas?
A propagação de boatos financeiros costuma seguir padrões parecidos. Veja sinais de alerta:
- Mensagens com tom urgente, prometendo prejuízo imediato caso não sejam compartilhadas.
- Ausência de fonte oficial ou menção a supostos “documentos secretos” que não existem.
- Links duvidosos ou informações repassadas por narrações com voz artificial.
- Desinformação repetida em grupos de WhatsApp ou redes sociais, mas ausente em grandes veículos de comunicação.
Confira se houve publicação nos canais oficiais do Banco Central ou Receita Federal.
Como se proteger de golpes relacionados ao Pix
A popularização do Pix facilitou a vida das pessoas, mas também abriu espaço para tentativas de golpe. Veja como se proteger:
- Ignore mensagens suspeitas que peçam seu código de autenticação ou senha.
- Nunca clique em links suspeitos ou baixe arquivos anexados por remetentes desconhecidos.
- Ative notificações de movimentação na sua conta bancária para monitorar operações em tempo real.
- Se receber ligações se passando pelo banco pedindo dados, desligue e entre em contato pelos canais oficiais.
O Pix continuará gratuito para pessoas físicas?
Sim. O posicionamento do Banco Central, reforçado em nota oficial, é claro: operações de Pix realizadas por pessoas físicas (ou seja, quem usa CPF) permanecem gratuitas. Mudanças exigiriam debates públicos e aprovação no Congresso, o que ainda não está sequer em proposta.
Para mais notícias, acesse o site Assistencialismo Notícias.

















