A partir de 13 de outubro de 2025, o Pix Automático se tornará obrigatório para débitos interbancários de empresas, conforme decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Banco Central (BC).
Essa mudança impactará diretamente como pessoas jurídicas, como empresas de energia, telefonia e escolas, processam pagamentos recorrentes. Por que isso é relevante? Como as empresas e consumidores serão afetados?
Este texto explora a nova regra, detalhando o que muda, como funciona e os benefícios para o sistema financeiro. Com integração ao Open Finance, a medida promete mais segurança, transparência e competição no mercado.
O que é o Pix Automático?
O Pix Automático é uma ferramenta lançada pelo Banco Central em 16 de junho de 2025, que permite autorizar pagamentos recorrentes de forma digital e padronizada.
Diferentemente do débito automático tradicional, que depende de convênios bilaterais entre bancos e empresas, o Pix Automático opera na infraestrutura do Pix, garantindo maior controle e praticidade.
Principais características
- Autorização única: O cliente autoriza o débito uma vez pelo aplicativo do banco.
- Controle total: Permite definir limites de valor e cancelar a autorização a qualquer momento.
- Integração com Open Finance: Facilita a interoperabilidade entre instituições financeiras.
- Transparência: Todas as transações são monitoradas em tempo real pelo usuário.
O que muda com o Pix Automático obrigatório?
Novos contratos de débito interbancário envolvendo pessoas jurídicas ou entidades não autorizadas pelo Banco Central deverão usar o Pix Automático. Contratos antigos têm até 1º de janeiro de 2026 para se adequar.
Essa obrigatoriedade se aplica quando o recebedor é uma empresa ou instituição sem licença do BC, como escolas, academias ou serviços de assinatura.
Impactos para empresas
- Menos inadimplência: Pagamentos automáticos reduzem atrasos.
- Custos menores: Elimina a necessidade de convênios bilaterais, reduzindo despesas operacionais.
- Maior competição: A integração com o Open Finance permite que mais empresas acessem a infraestrutura de pagamentos.
Impactos para consumidores
- Segurança reforçada: Autorizações prévias evitam débitos indevidos.
- Flexibilidade: Possibilidade de definir limites e cancelar débitos a qualquer momento.
- Praticidade: Gerenciamento centralizado no aplicativo do banco.
Como funcionará o débito automático via Pix entre Bancos?
O Pix Automático simplifica o processo de débitos interbancários. O cliente autoriza o pagamento recorrente diretamente no aplicativo do banco onde mantém a conta.
A transação é processada pela infraestrutura do Pix, sem depender de acordos diretos entre instituições financeiras.
Passo a passo do processo
- Autorização: O cliente acessa o aplicativo do banco e autoriza o débito recorrente, definindo um valor máximo, se desejar.
- Validação: A empresa recebedora solicita o pagamento, validado pelo banco.
- Execução: O débito é realizado automaticamente na data acordada, dentro dos limites estabelecidos.
- Acompanhamento: O cliente monitora todas as transações em tempo real e pode cancelar a autorização quando necessário.
Exemplo prático
Uma conta de energia mensal de R$ 200 será debitada automaticamente via Pix Automático. O cliente autoriza o pagamento no aplicativo do banco, define um limite de R$ 250 e pode cancelar a qualquer momento se notar cobranças indevidas.
Benefícios do Pix Automático obrigatório
A obrigatoriedade do Pix Automático traz vantagens para o sistema financeiro e seus usuários. Dados do Banco Central indicam que o Pix, desde seu lançamento em 2020, já processou mais de 40 bilhões de transações, com um volume financeiro superior a R$ 12 trilhões até 2025. A introdução do Pix Automático reforça essa eficiência.
- Redução de custos: Empresas economizam com processos de cobrança, beneficiando consumidores com possíveis reduções de tarifas.
- Segurança aprimorada: A exigência de autorização prévia reduz fraudes, especialmente após ataques hackers explorarem brechas no sistema Pix em 2025.
- Competitividade: A integração com o Open Finance permite que fintechs e pequenas instituições concorram com grandes bancos.
- Eficiência operacional: Processos padronizados diminuem erros e atrasos.
Desafios e adaptações necessárias
Embora a medida traga benefícios, empresas e instituições financeiras enfrentam desafios para se adaptar. Até 1º de janeiro de 2026, contratos existentes precisam ser revisados, e sistemas internos devem ser atualizados para suportar o Pix Automático.
Para instituições financeiras
- Atualização de sistemas para integrar o Pix Automático.
- Treinamento de equipes para orientar clientes.
- Cumprimento de prazos regulatórios para evitar sanções do Banco Central.
Para empresas
- Revisão de contratos de cobrança recorrente.
- Comunicação clara com clientes sobre a transição para o Pix Automático.
- Adequação de processos internos para integração com o Open Finance.
Dúvidas frequentes
- O que é o Pix Automático? É uma ferramenta do Banco Central que permite autorizar pagamentos recorrentes de forma digital, com controle total pelo cliente.
- Quando o Pix Automático será obrigatório? A partir de 13 de outubro de 2025, para novos contratos de débito interbancário de empresas. Contratos antigos têm até 1º de janeiro de 2026 para adaptação.
- Quem precisa usar o Pix Automático? Empresas e entidades não autorizadas pelo Banco Central, como escolas, academias e serviços de assinatura.
- Como autorizar um débito via Pix Automático? O cliente acessa o aplicativo do banco, autoriza o pagamento recorrente e define limites de valor, se desejar.
- O Pix Automático é seguro? Sim, exige autorização prévia, autenticação em dois fatores e permite monitoramento em tempo real, reduzindo riscos de fraudes.
Para mais informações, acesse o site Assistencialismo Notícias.