Em 2025, o Governo Federal intensifica a cobrança de R$ 13,3 milhões de 4,6 mil moradores da região de Campinas–SP que receberam o Auxílio Emergencial indevidamente entre 2020 e 2021, durante a pandemia de Covid-19.
Essas pessoas, que não atendiam aos critérios de elegibilidade, agora enfrentam notificações por SMS, e-mail ou aplicativo Notifica. Por que algumas pessoas receberam o benefício sem direito? Como saber se você está entre os notificados?
Este texto detalha o processo, explica como consultar sua situação, orienta sobre a devolução e esclarece as consequências de não regularizar o débito.
Entendendo o Auxílio Emergencial indevido
O Auxílio Emergencial foi criado para apoiar brasileiros em vulnerabilidade durante a pandemia. Porém, auditorias do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) identificaram que 4,6 mil pessoas na região de Campinas receberam o benefício sem cumprir os requisitos legais.
Esses casos envolvem indivíduos com renda per capita acima de dois salários mínimos ou dívidas superiores a R$ 1,8 mil na época do recebimento, conforme a Lei 14.284/2021 e o Decreto 10.990/2022.
Por que isso aconteceu?
Fraudes, erros no cadastro ou falta de atualização de dados levaram ao pagamento indevido. Por exemplo, algumas pessoas declararam informações incorretas ou não informaram mudanças na situação financeira.
O governo agora usa cruzamento de dados para identificar esses casos, garantindo transparência e legalidade no processo.
Como saber se preciso devolver o Auxílio Emergencial?
Para saber se há necessidade de devolver o Auxílio Emergencial, é essencial verificar se você atendia aos critérios de elegibilidade em 2020 e 2021. Os principais pontos que tornam o recebimento indevido incluem:
- Renda familiar per capita superior a dois salários mínimos
- Dívidas acima de R$ 1,8 mil no momento do recebimento.
- Emprego formal ou vínculo com benefícios incompatíveis.
O MDS notifica os cidadãos por SMS, e-mail ou aplicativo Notifica, mas a consulta ativa é recomendada para evitar surpresas.
Onde consultar minha situação do Auxílio Emergencial em 2025?
A consulta é simples e pode ser feita online pelo sistema VEJAE, acessado via conta Gov.br. Veja o passo a passo:
- Acesse o site VEJAE com CPF e senha da conta Gov.br.
- Verifique se há pendências relacionadas ao Auxílio Emergencial.
- Caso haja notificação, o sistema indicará o valor devido e as opções de regularização.
Se não tiver uma conta Gov.br, crie uma no site gov.br. A plataforma é segura e centraliza serviços do governo.
Dica prática
Mantenha seus dados atualizados no Gov.br para evitar problemas de acesso. Caso receba uma notificação, consulte imediatamente para confirmar sua autenticidade, já que golpes usando o nome do Auxílio Emergencial são comuns.
O que fazer se recebi notificação do governo?
Receber uma notificação não significa automaticamente que houve erro. Algumas notificações podem ser revisadas. As ações recomendadas incluem:
- Verificar a notificação: Confirme se a mensagem vem de canais oficiais (SMS do governo, e-mail com domínio @gov.br ou aplicativo Notifica).
- Consultar no VEJAE: Acesse a plataforma para entender o motivo da cobrança.
- Avaliar a situação: Se considerar a cobrança injusta, prepare uma defesa com documentos comprobatórios, como comprovantes de renda ou declaração de desemprego.
- Regularizar o débito: Prossiga com a devolução, caso confirmada a irregularidade.
O prazo para apresentar defesa é de 30 dias após a notificação. A análise do governo também ocorre em 30 dias.
Passo a passo para devolver o Auxílio Emergencial indevido
A devolução do valor devido pode ser feita à vista ou parcelada em até 60 vezes. Siga estas etapas:
- Acesse o sistema VEJAE: Entre com sua conta Gov.br.
- Verifique o valor devido: O sistema mostrará o montante a ser restituído.
- Escolha a forma de pagamento: Opte por boleto à vista ou parcelamento.
- Gere o boleto: O VEJAE emitirá um documento de arrecadação (GRU) para pagamento.
- Pague o valor: Use bancos, lotéricas ou aplicativos bancários.
- Guarde o comprovante: Registre o pagamento para futuras comprovações.
Para quem considera a cobrança indevida, o sistema permite anexar documentos para contestação.
Penalidades para quem não devolver o Auxílio Emergencial
Não regularizar o débito pode trazer sérias consequências. O governo pode:
- Inscrever o débito em Dívida Ativa da União: Isso gera restrições de crédito, como inclusão no Serasa ou protesto em cartório.
- Executar bens: Em casos extremos, há risco de leilão judicial ou perda de patrimônio.
- Impedir acesso a serviços públicos: Como emissão de passaporte ou participação em concursos.
Dados de 2025 mostram que 68% dos notificados na região de Campinas já iniciaram a regularização, mas 1,4 mil casos permanecem pendentes, segundo o MDS.
Dúvidas frequentes sobre o Auxílio Emergencial indevido
- Quem deve devolver o Auxílio Emergencial? Pessoas com renda per capita acima de dois salários mínimos ou dívidas superiores a R$ 1,8 mil no período do recebimento.
- Como saber se recebi o Auxílio Emergencial indevidamente? Consulte o sistema VEJAE com sua conta Gov.br para verificar pendências.
- É possível parcelar a devolução do Auxílio Emergencial? Sim, o valor pode ser pago à vista ou em até 60 parcelas.
- O que acontece se eu ignorar a notificação do governo? O débito pode ser inscrito em Dívida Ativa da União, com risco de restrições de crédito e perda de bens.
- Como contestar uma cobrança indevida? Apresente defesa com documentos no sistema VEJAE dentro de 30 dias após a notificação.
Para mais informações, acesse o site Assistencialismo Notícias.