Nos últimos meses, um novo golpe tem chamado atenção no Brasil. Utilizando métodos sofisticados, criminosos estão conseguindo controlar o celular das vítimas por meio de uma simples ligação telefônica, e, com isso, realizando transferências bancárias via Pix.
Essa fraude vem crescendo de forma alarmante, e quem está em risco? Você, que usa constantemente o Pix para transferências e pagamentos.
Como funciona o Golpe?
O golpe começa com uma ligação aparentemente inofensiva. O criminoso se passa por um representante do banco e informa à vítima que há algum problema no aplicativo bancário ou na conta.
Para resolver a situação, o fraudador sugere que o usuário instale uma ferramenta legítima de acesso remoto, como o TeamViewer, um aplicativo utilizado por profissionais para oferecer suporte técnico.
Esses aplicativos são comuns e estão disponíveis nas lojas de apps da Apple e do Google, o que torna o golpe ainda mais difícil de identificar. Quando a vítima instala o programa e fornece o código de acesso solicitado, o criminoso ganha controle total do celular.
O próximo passo é simples: ele acessa o aplicativo bancário da vítima e, sem que ela perceba, realiza uma transferência Pix para sua conta.
O crescimento da fraude e suas consequências
O número de tentativas de fraudes desse tipo tem aumentado significativamente. De acordo com a Kaspersky, uma empresa de segurança digital, em 2024 foram detectadas 6.667 tentativas de fraudes desse tipo, e, em 2025, já são 3.495.
O mais assustador é que esses golpistas não só têm acesso ao dinheiro da vítima, mas também podem ter controle sobre todas as informações do celular, incluindo dados pessoais e bancários.
Como identificar que você está sendo vítima?
A primeira dica é simples: desconfie de qualquer ligação que venha de uma instituição bancária ou financeira que solicite a instalação de aplicativos ou o fornecimento de dados bancários. Nenhum banco faz esse tipo de abordagem.
Se isso ocorrer, desligue imediatamente e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais. Esse simples gesto pode salvar sua conta bancária de ser limpa.
O impacto da nova tática no combate aos golpes
Enquanto a versão anterior do golpe da “mão fantasma”, que permitia aos criminosos acessar os dados bancários em tempo real, tem diminuído, a fraude envolvendo acesso remoto tem se popularizado. Isso ocorre porque a prisão do grupo responsável pelos ataques do malware ATS reduziu esse tipo de crime.
No entanto, os golpistas rapidamente adotaram novas táticas, e a utilização de ferramentas de acesso remoto, que são legítimas e amplamente usadas, tornou-se uma alternativa atraente para os criminosos.
Como se proteger?
Apesar de os criminosos estarem cada vez mais sofisticados, há medidas simples e eficazes para se proteger desse golpe. A primeira delas é a desconfiança. Nenhum banco ou instituição financeira pedirá para você instalar um aplicativo de acesso remoto.
Caso isso aconteça, desligue a chamada imediatamente e entre em contato diretamente com a instituição por meio dos canais oficiais, como o número de telefone do banco ou aplicativo.
Outra forma de proteção é o uso de senhas fortes e únicas para seus aplicativos bancários e de outros serviços críticos. E, para aumentar ainda mais a segurança, é importante habilitar a autenticação de dois fatores (2FA), uma camada extra de proteção que torna mais difícil para os criminosos acessarem suas contas.
Por mais que a tecnologia traga muitos benefícios, ela também exige que estejamos constantemente vigilantes. Golpes como esse são um exemplo claro de como a inovação pode ser usada para o mal.
Ao seguir as orientações de segurança e ficar atento aos sinais de alerta, você poderá manter suas finanças seguras e garantir que sua conta bancária não caia nas mãos erradas.