A partir da próxima semana, milhões de brasileiros poderão acessar um valor que, até então, estava fora do alcance. Trabalhadores que foram dispensados sem justa causa e que escolheram a modalidade de saque-aniversário do FGTS terão a chance de retirar o saldo integral da conta. A decisão pode impactar diretamente a vida financeira de aproximadamente 12,1 milhões de pessoas.
Mas o que muda exatamente? E quem pode, de fato, receber esse dinheiro?
Entenda o saque-aniversário
Essa alternativa oferecida pelo FGTS permite que o trabalhador retire uma parte do valor disponível na conta uma vez por ano, no mês do seu aniversário. Para muitos, essa opção foi vista como uma forma de ter um alívio financeiro pontual seja para quitar dívidas, fazer uma compra importante ou lidar com imprevistos.
Contudo, existe uma condição: ao aderir a esse modelo, o acesso ao saldo total do FGTS em caso de demissão é bloqueado. A única quantia liberada nesse cenário seria a multa rescisória de 40%. E é justamente esse ponto que a nova medida altera.
Como será feito o pagamento
O processo de liberação seguirá um cronograma em duas etapas:
- 6 de março: Trabalhadores com conta vinculada no app do FGTS começaram a receber até R$ 3 mil de forma automática.
- 17 de junho: Aqueles com saldos acima desse valor receberão o restante, também de maneira automática.
Quem ainda não cadastrou uma conta no aplicativo do FGTS poderá retirar o dinheiro diretamente nas agências da Caixa, lotéricas ou nos correspondentes Caixa Aqui. Basta seguir o calendário divulgado de acordo com o mês de nascimento.
Mês de Aniversário | Saque na 1ª Etapa | Saque na 2ª Etapa |
---|---|---|
Janeiro, Fevereiro, Março e Abril | 06 de março | 17 de junho |
Maio, Junho, Julho e Agosto | 07 de março | 18 de junho |
Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro | 10 de março | 20 de junho |
Quem pode receber
Estão contemplados:
- Trabalhadores que aderiram ao saque-aniversário
- Pessoas dispensadas sem justa causa entre janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2025
Ficam de fora os que pediram demissão ou foram desligados por justa causa.
E agora, o que fazer
Esse novo cenário abre uma possibilidade concreta de reorganização financeira. O acesso ao FGTS pode servir para quitar dívidas, reforçar uma reserva ou mesmo recomeçar.
Mas surge uma reflexão importante: como lidar com esse dinheiro da melhor maneira possível? Vale a pena gastar de imediato ou reservar para emergências? Há planos que precisam de um empurrão financeiro?
Cada resposta será única, mas uma coisa é certa: o momento convida à análise. Entender as regras, os prazos e principalmente os próprios objetivos pode fazer toda a diferença.
Você ou alguém que conhece está nessa situação? Este pode ser o momento de resgatar um valor importante e mais do que isso, de olhar com cuidado para o futuro financeiro. Porque, mais do que sacar um valor, trata-se de recuperar uma parte da estabilidade que parecia perdida.