Imagine um documento que simplifica a vida de pessoas com autismo, garantindo direitos e promovendo inclusão sem burocracia. A Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CIPTEA) faz exatamente isso.
Instituída pela Lei nº 13.977/2020, conhecida como Lei Romeo Mion, esse documento gratuito e de validade nacional assegura atendimento prioritário e elimina a necessidade de carregar laudos médicos. Mas como ele funciona na prática? Qual o impacto real na vida de quem convive com o Transtorno do Espectro Autista (TEA)?
Este texto detalha o que é a Carteira de Autista, seus benefícios, o processo de solicitação em 2025 e responde às principais dúvidas, oferecendo um guia claro para transformar direitos em realidade.
O que é a Carteira de Autista?
A Carteira de Autista, oficialmente chamada CIPTEA, é um documento oficial criado para identificar pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sancionada em 8 de janeiro de 2020, a Lei Romeo Mion alterou a Lei Berenice Piana (nº 12.764/2012), que reconhece pessoas com TEA como pessoas com deficiência para efeitos legais.
A CIPTEA é emitida gratuitamente por órgãos estaduais e municipais, com validade de cinco anos, e está disponível em formatos físico e digital. O documento contém informações essenciais, como nome completo, CPF, tipo sanguíneo, foto 3×4 e contatos de emergência.
Em alguns estados, a carteira inclui um QR Code com dados adicionais, facilitando emergências.
Quais direitos a Carteira de Autista garante?
A CIPTEA é uma ferramenta de cidadania que assegura direitos previstos em leis federais, promovendo inclusão e acessibilidade. Seus principais benefícios incluem:
- Atendimento prioritário: Garante preferência em filas de bancos, hospitais, supermercados e repartições públicas, reduzindo estresse em situações de espera.
- Substituição de laudos médicos: Evita a necessidade de apresentar documentos clínicos repetidamente, diminuindo constrangimentos.
- Apoio em emergências: Inclui informações médicas e contatos de responsáveis, úteis em casos de crise ou dificuldade de comunicação.
- Acesso a benefícios: Facilita processos para isenção de impostos, vagas em concursos públicos e benefícios assistenciais.
Além disso, a carteira reforça a proteção contra discriminação, crime previsto na Lei nº 7.853/1989, e apoia a inclusão em escolas e no mercado de trabalho.
Como solicitar a Carteira de Autista?
O processo de solicitação da CIPTEA varia entre estados, mas segue um padrão acessível, com opções online e presenciais. Em 2025, a digitalização avançou, e muitos estados integram o processo ao portal Gov.br, garantindo praticidade.
Passo a passo geral
- Reúna documentos: Prepare laudo médico, RG, CPF, foto 3×4 e comprovante de residência.
- Acesse o portal estadual: Use o site oficial do estado ou Gov.br para preencher o formulário.
- Envie a solicitação: Anexe os documentos e aguarde análise.
- Receba a carteira: Após aprovação, baixe a versão digital ou retire a física na unidade responsável.
Documentos necessários em 2025
Para solicitar a CIPTEA, os documentos exigidos em 2025 são padronizados, com pequenas variações regionais:
- Laudo médico: Deve conter o diagnóstico de TEA, código CID (F84.0 ou equivalente no CID-11), CRM e assinatura do médico.
- Documento de identidade: RG ou CPF do beneficiário e, se necessário, do responsável legal.
- Foto 3×4: Recente, mostrando o rosto claramente.
- Comprovante de residência: Conta de água, luz ou similar.
- Tipo sanguíneo: Obrigatório em estados como São Paulo e Paraná.
Dúvidas frequentes sobre Carteira de Autista
- Quem pode solicitar a Carteira de Autista? Qualquer pessoa com diagnóstico de TEA, independentemente de idade ou grau do transtorno, pode solicitar a CIPTEA. Responsáveis legais podem fazer o pedido para menores ou dependentes.
- A Carteira de Autista é gratuita? Sim, a emissão é gratuita, conforme a Lei nº 13.977/2020. Não há taxas para solicitação ou reemissão.
- Qual a validade da CIPTEA? A carteira é válida por cinco anos, com renovação mediante atualização cadastral ou novo laudo médico.
- Posso usar a carteira digital em vez da física? Sim, a versão digital, acessível por PDF ou QR Code, é aceita em todo o Brasil. A carteira física permanece válida para quem prefere.
- O que fazer se perder a Carteira de Autista? Acesse o portal do estado para baixar a versão digital ou solicite a reimpressão presencialmente, sem custo adicional.
Para mais informações, acesse o site Assistencialismo Notícias.