A temporada de declaração do Imposto de Renda costuma trazer um misto de ansiedade e expectativa para milhões de brasileiros. Além de cumprir uma obrigação fiscal, muitos aguardam com esperança a restituição uma grana extra que pode fazer diferença no orçamento.
Em 2025, estima-se que cerca de 60% dos contribuintes tenham valores a receber. Mas você sabe como é definida a ordem de pagamento? E por que algumas pessoas recebem antes das outras?
A seguir, essas questões serão exploradas em detalhes, com orientações práticas sobre como acompanhar o status da restituição e aumentar as chances de recebê-la o quanto antes. Preparado para entender o que pode influenciar no seu pagamento?
Como funciona a devolução do Imposto de Renda?
Quando um contribuinte paga mais imposto do que realmente seria necessário, a Receita Federal devolve a diferença. Esse reembolso ocorre depois de uma análise minuciosa das informações declaradas, cruzadas com os dados fornecidos por empresas, instituições financeiras e outras fontes.
Para muita gente, essa quantia representa uma oportunidade de quitar dívidas, investir ou até realizar algum plano adiado.
Com mais de 27 milhões de pessoas esperadas para receber a restituição neste ano, cresce a curiosidade sobre como funciona essa fila de pagamentos. Mas afinal, quem tem prioridade?
Calendário de pagamentos da restituição em 2025
A Receita Federal vai liberar os valores em cinco etapas, chamadas de lotes, ao longo dos próximos meses. Veja as datas confirmadas:
Lote | Data de pagamento |
---|---|
1º | 30 de maio |
2º | 30 de junho |
3º | 31 de julho |
4º | 29 de agosto |
5º | 30 de setembro |
Está se perguntando qual será o seu lote? A resposta depende de alguns critérios específicos. Confira a seguir.
Quem recebe primeiro?
A Receita Federal segue uma ordem de prioridade definida por lei. O objetivo é atender primeiro os grupos que, por diferentes razões, precisam de um atendimento mais ágil.
Veja como essa lista é organizada:
- Idosos a partir de 80 anos têm preferência total no recebimento.
- Pessoas com 60 anos ou mais, indivíduos com deficiência ou com enfermidades graves têm prioridade na fila.
- Professores da educação básica e superior, desde que o magistério seja a principal fonte de renda;
- Quem opta pela declaração pré-preenchida e indica o Pix com CPF como chave: essa opção agiliza o processamento;
- Demais contribuintes, de acordo com a data de entrega da declaração quanto mais cedo for enviada, maiores as chances de estar nos primeiros lotes.
Já entregou a sua? E mais importante: já conferiu se está tudo certo?
Como acompanhar a restituição
Saber quando o valor vai cair na conta exige apenas alguns minutos e acesso aos canais oficiais. Veja como consultar:
- Acesse o site da Receita Federal ou use o app “Meu Imposto de Renda”.
- Informe:
- CPF;
- Data de nascimento;
- Ano de exercício (2025).
- Verifique o status da declaração:
- Em fila para restituição
- Em processamento
- Em malha fina
Esse último status costuma deixar muita gente preocupada. Mas o que exatamente significa cair na malha fina?
Malha fina: o que pode atrasar a restituição?
Quando a Receita identifica erros, omissões ou inconsistências na declaração, ela é retida para revisão. Essa retenção é popularmente conhecida como “malha fina”.
Entre os motivos mais comuns estão:
- Informações de rendimento diferentes das declaradas por empresas;
- Despesas médicas sem comprovação adequada;
- Inclusão indevida de dependentes.
O que fazer se isso acontecer? A recomendação é revisar a declaração, corrigir os dados e aguardar a liberação. O próprio sistema da Receita permite visualizar o motivo da retenção.
Como o dinheiro é depositado?
O valor da restituição será transferido para a conta bancária indicada na declaração. Existem diferentes opções para isso:
- Conta corrente ou poupança, desde que em nome do titular da declaração;
- Conta digital em bancos como Nubank, Inter, C6 Bank, entre outros;
- Pix com CPF como chave, método preferido pela Receita por ser mais rápido e menos sujeito a erros.
Já escolheu sua forma de recebimento? E conferiu se os dados estão corretos?
Como receber nos primeiros lotes?
Algumas atitudes simples podem aumentar suas chances:
- Enviar a declaração o quanto antes (o prazo final é 30 de maio);
- Usar a declaração pré-preenchida;
- Escolher Pix com CPF como chave para o pagamento.
Esses detalhes fazem diferença na ordem dos pagamentos e podem garantir que o dinheiro chegue mais rápido.
E se o valor não cair na conta?
Mesmo após a liberação do lote, é possível que o dinheiro não apareça. Quando isso ocorre, é importante checar:
- Se a declaração está em malha fina;
- Se os dados bancários estão corretos;
- Se a conta indicada foi encerrada ou é conjunta sem o CPF como titular.
Se o crédito não for realizado, o valor ficará disponível por até um ano no Banco do Brasil. A solicitação de novo depósito pode ser feita online ou por telefone.
Preparação e planejamento fazem a diferença
A restituição do Imposto de Renda pode ser uma ajuda bem-vinda no orçamento anual. E com um pouco de atenção aos prazos, dados corretos e preferências de envio, é possível evitar atrasos desnecessários.
Já pensou em como esse dinheiro poderia ser usado? Quitar uma dívida antiga? Começar uma reserva de emergência? Talvez tirar do papel aquele projeto engavetado?
Planejar e acompanhar a declaração com cuidado pode transformar esse momento em uma boa oportunidade.