O Programa Acredita surge como um incentivo importante para os microempreendedores individuais (MEIs) do país.
Sob a égide do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, uma novo momento se inicia para aqueles inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
Agora, eles podem almejar o crescimento de seus negócios através do acesso ao microcrédito com juros mais acessíveis, uma iniciativa que se propõe a fomentar o empreendedorismo e impulsionar a economia.
É importante mencionar primeiramente que, o programa se desdobra em diversos eixos, com destaque para o Acredita no Primeiro Passo, uma plataforma de apoio direcionada a uma variedade de segmentos.
Dessa forma, desde trabalhadores informais até pequenos agricultores engajados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), todos podem vislumbrar novas oportunidades com o suporte oferecido pelo programa.
O ministro Wellington Dias destaca que o governo federal deposita sua confiança no potencial empreendedor dos brasileiros ao lançar essa iniciativa.
“Vamos facilitar o acesso ao crédito porque acreditamos na capacidade empreendedora da nossa gente”, afirma o ministro.
É importante ressaltar que milhões de pessoas já cadastradas no Cadastro Único são MEIs, enquanto outros milhões labutam informalmente, com renda muitas vezes precária.
O programa busca portanto, apoiar sim esses empreendedores já estabelecidos, mas também ampliar as oportunidades para mais indivíduos, contribuindo para a redução da pobreza e o fortalecimento econômico do país.
No evento de lançamento do programa, o ministro reiterou o compromisso do governo em fornecer suporte a esses empreendedores e expandir as oportunidades para todos aqueles que desejam trilhar o caminho do empreendedorismo.
Enfim, para mais detalhes sobre essa promissora iniciativa, confira o texto abaixo.
Facilitando o acesso ao Microcrédito para Microempreendedores Individuais (MEIs) através do Cadastro Único
O Cadastro Único, um banco de dados abrangente com cerca de 95 milhões de pessoas, é uma ferramenta central para a implementação de políticas sociais no Brasil.
Entretanto, entre janeiro de 2018 e junho de 2022, apenas um milhão de famílias cadastradas conseguiram acessar o microcrédito destinado aos Microempreendedores Individuais (MEIs).
Durante esse período, foram registradas 5,6 milhões de transações, totalizando um impressionante montante de R$ 32,5 bilhões, com uma média de R$ 5,74 mil por operação.
A taxa de inadimplência entre os beneficiários do Cadastro Único é notavelmente baixa, registrando apenas 1,7% ao ano. Antes do lançamento do Programa Acredita, os pequenos empreendedores enfrentavam desafios consideráveis para obter crédito, muitas vezes por não possuírem bens para oferecer como garantia.
Agora, com a disponibilização do microcrédito específico para MEIs, essa barreira está sendo significativamente reduzida.
O ministro responsável pelo programa destacou a situação anterior, na qual os empreendedores se viam diante de uma pergunta decisiva nos bancos: “Tem garantia?” Ao responderem negativamente, a conversa muitas vezes chegava a um impasse.
Contudo, a introdução de uma nova medida provisória, que estabelece um fundo garantidor, está se revelando como a solução para esse problema persistente.
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Microcrédito prioriza o empoderamento econômico das mulheres empreendedoras
No Brasil, o acesso ao crédito ainda é uma barreira significativa para as mulheres que buscam iniciar ou expandir seus negócios.
De acordo com dados do Sebrae, apenas uma pequena parcela, cerca de 6%, consegue obter financiamento de instituições bancárias, enquanto a maioria esmagadora, 78%, é obrigada a recorrer a recursos próprios para dar vida às suas ideias empreendedoras.
Essa disparidade no acesso ao crédito é especialmente agravada pelo fato de que mais da metade das mulheres empreendedoras informais ou MEIs, aproximadamente 54,9%, também têm a responsabilidade de cuidar das tarefas domésticas.
Logo, essa dupla jornada pode prejudicar significativamente seu desempenho nos negócios. Além disso, mais de 70% dessas mulheres enfrentam algum tipo de dívida, e para 43%, o desafio é lidar com parcelas atrasadas.
É importante destacar que a maioria dessas empreendedoras enfrentando essas dificuldades são mulheres negras, provenientes das classes sociais D e E, com um faturamento mensal inferior a R$ 2,5 mil.
Para muitas delas, empreender não é uma escolha, mas uma necessidade decorrente das circunstâncias econômicas e sociais.
Nesse contexto desafiador, o microcrédito para MEIs surge como uma ferramenta importante para promover o empoderamento econômico dessas mulheres.
Afinal, essa forma de financiamento, que geralmente envolve empréstimos de pequeno valor e condições flexíveis de pagamento, é especialmente projetada para atender às necessidades dos empreendedores de baixa renda, incluindo muitas mulheres que enfrentam dificuldades de acesso ao sistema financeiro tradicional.
Além disso, iniciativas de microcrédito voltadas especificamente para mulheres têm surgido, reconhecendo a importância de abordagens diferenciadas para atender às necessidades específicas desse grupo.