O Rio Grande do Sul enfrentou uma tragédia sem precedentes há alguns meses, quando enchentes devastadoras assolaram diversos municípios, deixando um rastro de destruição, vidas perdidas e famílias desabrigadas.
Diante desse cenário desolador, a Caixa Econômica Federal, parceira do governo federal na implementação de programas sociais, mobilizou-se para prestar assistência às vítimas, com foco na reconstrução de lares e na garantia de um futuro mais promissor.
Programa Compra Assistida
Nessa iniciativa de reconstrução, destaca-se o Programa Compra Assistida, uma extensão do conhecido Minha Casa, Minha Vida – Reconstrução. Através desse programa, a Caixa prepara-se para entregar imóveis doados pelo Governo Federal, no valor de até R$ 200 mil, às famílias que tiveram suas moradias destruídas ou interditadas definitivamente pelas enchentes.
Os beneficiários elegíveis, pertencentes às faixas 1 e 2 do Programa, com renda de até R$ 4.400, estão sendo convocados para escolher suas novas residências. A expectativa é de que, a partir de setembro, essas famílias possam começar um novo capítulo, com a segurança e dignidade que um lar proporciona.
Comprometimento da Caixa com a Reconstrução
Carlos Vieira, presidente da Caixa, enfatiza o compromisso da instituição em apoiar as famílias desalojadas nesse momento crítico. “A Caixa busca se engajar e colaborar com essas pessoas, proporcionando o suporte necessário para que reconstruam suas vidas com dignidade e segurança. Estamos trabalhando em conjunto com o Governo Federal, determinados a fazer a diferença na vida desses gaúchos. Afinal, ajudar a população faz parte do DNA da Caixa”, afirmou.
Facilitando a Oferta de Imóveis
Para viabilizar esse processo de reconstrução, a Caixa está intermediando a transferência de propriedade dos imóveis aos beneficiários. Atualmente, mais de 6 mil unidades estão disponíveis para aquisição, incluindo imóveis prontos ou em construção, cujos proprietários podem oferecê-los ao programa.
Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa, ressalta a inovação dessa iniciativa: “Esta é a primeira vez que o Minha Casa, Minha Vida realiza a aquisição de imóveis prontos. As unidades habitacionais estão sendo adquiridas por meio do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR). Nossa equipe técnica trabalha incansavelmente para garantir que quem precisa receba seu imóvel o mais rápido possível”.
Mobilização Governamental para a Reconstrução
O Governo Federal tem atuado de forma decisiva na reconstrução do Rio Grande do Sul, mobilizando mais de R$ 94 bilhões em investimentos voltados para o suporte a cidadãos, empresários e agricultores. Além disso, houve a suspensão de mais de R$ 23 bilhões da dívida do estado, demonstrando o compromisso em auxiliar a região neste momento crítico.
Auxílio Reconstrução
Uma das principais ações da Caixa no processo de reconstrução foi a disponibilização de R$ 1,2 bilhão por meio do Auxílio Reconstrução, beneficiando 235,8 mil pessoas. O banco identifica se o responsável familiar já possui conta corrente ou poupança na instituição e efetua o crédito de R$ 5.100 automaticamente, sem a necessidade de comparecer a uma agência.
Entre 31 de maio e 7 de agosto, foram pagas 339.744 parcelas, totalizando o valor de R$ 1,73 bilhão, representando um alívio significativo para as famílias afetadas.
Saque Calamidade do FGTS
Além disso, a Caixa atuou como responsável pelo pagamento do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade. O banco habilitou 446 municípios para o Saque Calamidade, permitindo que os residentes das cidades afetadas realizassem a solicitação pelo Aplicativo FGTS.
Até o momento, cerca de R$ 3,36 bilhões foram sacados por 1,01 milhão de trabalhadores, com uma retirada média de R$ 3.306,42 por pessoa. Essa medida proporcionou acesso a recursos essenciais para a recuperação e a reconstrução das vidas dessas famílias.
Suporte Adicional a Programas Sociais
A Caixa também prestou suporte adicional a programas sociais fundamentais, como o Bolsa Família. Houve o pagamento de folha extraordinária para 21.681 novas famílias residentes no Rio Grande do Sul, com atendimento diferenciado nos fins de semana de 18 e 19 de maio, envolvendo a abertura de 17 agências e o trabalho de cerca de 300 empregados.
A partir de junho, o benefício passou a ser disponibilizado conjuntamente com os das demais famílias do Programa, seguindo o modelo preferencial de crédito em conta, incluindo as do tipo Poupança Social Digital, movimentadas pelo CAIXA Tem.
No total, foram pagos R$ 1,3 bilhão, beneficiando centenas de milhares de famílias nos meses de maio, junho e julho.
Antecipação do Abono Salarial
Visando agilizar o auxílio aos trabalhadores, a Caixa antecipou para 15 de maio o pagamento do Abono Salarial aos trabalhadores com mês do nascimento entre julho e dezembro, cujos empregadores possuem domicílio no Rio Grande do Sul. Foram antecipadas 702,1 mil parcelas, totalizando R$ 726 milhões em benefícios.
Atendimento Inovador e Personalizado
Adriano Matias, vice-presidente de Varejo da Caixa, destaca a inovação no atendimento prestado à população afetada. “O banco conseguiu atender com agilidade, fazendo a identificação das pessoas por meio de biometria e reconhecimento facial. Além disso, contamos com empregados que não mediram esforços para ajudar a população”, afirmou.
Pausas nos Pagamentos de Financiamentos Habitacionais
Reconhecendo as dificuldades enfrentadas pelas famílias, a Caixa implementou a pausa no pagamento de prestações de financiamento por até seis meses para os contratos habitacionais pessoa física. Até o momento, foram 83.894 contratos pausados na região, proporcionando alívio financeiro temporário às famílias impactadas.
Apoio à Reconstrução de Moradias Rurais
Em agosto, a Caixa assinou contratos habitacionais que beneficiam famílias rurais, disponibilizando cerca de R$ 26 milhões aos agricultores de 42 municípios gaúchos afetados pelas enchentes e com calamidade reconhecida pelo Governo Federal. Essa iniciativa visa auxiliar na reconstrução de lares e na retomada da capacidade produtiva dessas famílias.
Fundo Socioambiental para Recuperação de Casas
Diante da calamidade no Rio Grande do Sul, o banco destinou R$ 30 milhões do Fundo Socioambiental da Caixa para a recuperação de casas atingidas pelas enchentes. Entidades sem fins lucrativos puderam apresentar projetos, com foco em melhorias habitacionais, recuperação de microempreendimentos e soluções para a situação pós-crise.
As ações selecionadas devem ser realizadas em até 30 meses, com recursos variando entre R$ 500 mil e R$ 3 milhões, constituindo um banco de projetos aptos a receber esse auxílio financeiro.
Pronampe
Reconhecendo a importância de apoiar o setor empresarial, a Caixa ofereceu aos empresários gaúchos acesso ao crédito por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). Com condições especiais, as empresas no Rio Grande do Sul puderam obter um crédito de até 60% do faturamento do ano anterior, com um limite de R$ 150 mil.
Nos municípios com estado de calamidade pública, a linha de crédito é subsidiada pelo Governo Federal, com amortização de 40% na contratação dos recursos. Até o momento, 4.942 contratos foram assinados, totalizando aproximadamente R$ 516,6 milhões, com outros 499 em processo de contratação, somando cerca de R$ 127,2 milhões.
Além disso, a Caixa recalculou dívidas de Pronampe, considerando o aumento do prazo dos contratos para 72 meses, beneficiando 1.286 contratos, totalizando aproximadamente R$ 98 milhões. Essas medidas têm sido fundamentais para manter negócios em funcionamento, garantindo o sustento e o emprego de diversas pessoas.
Estruturas Temporárias e Atendimento Móvel
Para garantir o atendimento à população em áreas estratégicas e abrigos, a Caixa designou 600 empregados adicionais para agências temporárias, como a unidade contêiner, os caminhões-agência e demais pontos de apoio instalados no estado. Ao todo, 4.865 pessoas atuaram no atendimento à população e em outras frentes voluntárias.
As Agências Caminhão foram disponibilizadas para atender a população nos municípios de Montenegro, Cruzeiro do Sul, Roca Sales, Guaíba, Arroio do Meio, São Leopoldo, Barra do Ribeiro, Porto Alegre, Esteio e Eldorado do Sul, onde uma unidade automatizada contêiner foi instalada.
Testemunhos de Gratidão
O atendimento personalizado e a presença da Caixa nos abrigos foram amplamente elogiados pelas vítimas das enchentes. Marta Suzana Flores, uma das abrigadas na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) em Canoas (RS), buscou auxílio para ativar o aplicativo CAIXA Tem e relatou: “Eu fui muito bem atendida, não tenho queixa nenhuma. Foi muito importante o atendimento que a CAIXA levou ao abrigo. Muitas agências ficaram embaixo d’água, além de muita gente não ter emocional para se dirigir a outro local.”
Esforços Incansáveis dos Colaboradores
O comprometimento dos colaboradores da Caixa foi fundamental para o sucesso dessas ações. Um vídeo apresenta as 24 horas de uma empregada que enfrentou as águas para ajudar a população de Canoas, evidenciando o esforço e a dedicação desses profissionais na missão de auxiliar as vítimas das enchentes.